sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal - Matemática Financeira x Matemática Emocional


Na origem, as comemorações festivas do ciclo natalino vêm  da distante Idade Média, quando a Igreja Católica introduziu o Natal em substituição a uma festa mais antiga do Império Romano, a festa do deus Mitra, que anunciava a volta do Sol em pleno inverno do Hemisfério Norte.
 A adoração a Mitra, divindade persa que se aliou ao sol para obter calor e luz em benefício das plantas, foi introduzida em Roma no último século antes de Cristo, tornando-se uma das religiões mais populares do Império. 
A data conhecida pelos primeiros cristãos foi fixada pelo Papa Júlio 1º para o nascimento de Jesus Cristo como uma forma de atrair o interesse da população. Pouco a pouco o sentido cristão modelou e reinterpretou o Natal na forma e intenção. 
Natal festa do nascimento de Jesus, celebrada no dia 25 de dezembro desde o século IV pela Igreja ocidental e desde o século V pela Igreja oriental. 

Augusto Jorge Cury, psiquiatra, psicoterapeuta, cientista teórico, morador em Colina S.P., explica a diferença entre matemática emocional e matemática financeira publicada no livro, Análise da Inteligência de Cristo – O Mestre dos Mestres.  Segundo Cury, resgata uma dívida da psicologia que se omitiu até hoje em pesquisar a Inteligência de Cristo: - Muitos investem boa parte de sua energia física e psicológica em aplicar seu dinheiro nas bolsas de valores, em adquirir bens materiais, em ter um carro do último tipo, em adquirir um bom plano de previdência.  
A segurança financeira é legítima, mas é totalmente insuficiente  para satisfazer as necessidades mais íntimas do homem, para dar sentido à sua existência, enriquecer seu prazer de viver e amadurecer sua personalidade. 
Há indivíduos com transtornos depressivos, financeiramente ricos, mas que perderam o encanto pela vida. Sentem até inveja de pessoas simples, “sentimento em que se misturam o ódio e o desgosto, e que é provocado pela felicidade, prosperidade de outrem”, que embora não tendo cultura nem suporte financeiro, elas vivem sorrindo, mesmo diante das adversidades da vida. 


Um grande empresário agroindustrial afirmou que alguns dos seus empregados cortadores de cana eram mais ricos do que ele, pois, mesmo diante da miséria material, conseguiam cantar e se alegrar enquanto trabalhavam. De fato, há miseráveis que moram em palácios e ricos que moram em favelas... 
Sem querer fazer apologia à miséria, pelo contrário, a miséria em todos os sentidos deveria ser extirpada das sociedades, pode-se dizer que a psique humana é tão complexa que desobedece às regras da matemática financeira. 
A matemática emocional tem, felizmente, princípios que ultrapassam os limites da matemática lógica, financeira. Ter não é ser. Quem tem dez casas não tem dez vezes mais prazer pela vida ou dez vezes mais segurança emocional do que quem tem um casebre. Quem tem um milhão de dólares não é milhar de vezes mais alegre do que quem tem alguns míseros trocados. 
É possível ter muito financeiramente e ser emocionalmente triste, infeliz. É possível ter riquezas materiais e baixa capacidade de contemplação do belo. 
A matemática emocional pode inverter os princípios da matemática financeira, principalmente se alguém aprender a investir em sabedoria.



 O processo da construção da inteligência é um espetáculo tão sofisticado  que possui atos inesperados e cenas imprevisíveis ao longo da vida. Todos comentam sobre a miséria física porque é perceptível aos olhos, mas raramente se comenta sobre a miséria emocional, que abate o ânimo e restringe o prazer da existência. A temporalidade da vida é muito curta.
Num instante somos jovens e em outro somos velhos. As crianças gostam de fazer aniversário. Quando chega a maturidade, tem-se em mente querer parar o tempo, mas ele não pára. Devido à brevidade da vida, cogente é procurar a sabedoria e dar um sentido mais rico para a existência, caso contrário, o tédio e a angústia serão parceiros íntimos de nossa trajetória.
Tenhamos certeza de que a única fonte de felicidade está dentro de nós, e deve ser repartida. Em qualquer circunstância, em qualquer data especial para determinadas comemorações, o mais importante não é o que se dá, mas como se dá. 
Todo presente deve se revestir de sentimento e não deve haver diferenças entre homenagens a uma pessoa pobre ou a uma pessoa rica. O melhor de todos os presentes:
 - Um gesto de amor! Invista no amor. Ele é o mais poderoso meio de tornar as pessoas felizes. 
“O Amor é a melhor música na partitura da vida. Sem ele, você será um eterno desafinado.” Padre Roque Schneider.

Luiz Antonio Batista da Rocha –Eng. Civil – Consultor em Recursos Hídricos – Auditor Ambiental –  rocha@mdbrasil.com.br – www.outorga.com.br – www.rochaoutorga.hpg.com.br

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